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Bibliotecas como instituições propulsoras do desenvolvimento sustentável: um mosaico de ações locais

Na última quarta-feira (01/02) a International Federation of Library Associations and Institutions – IFLA divulgou em sua página no Facebook iniciativas para a promoção do papel das bibliotecas no desenvolvimento sustentável proposto pela Agenda da Organização das Nações Unidas para 2030. Na esteira de tal projeto, a Associação publicou em seu site documentos que fornecem exemplos de como bibliotecas em todo o mundo já estão colaborando para que as metas propostas pela ONU sejam alcançadas.

Argumentando que as bibliotecas são instituições chave para o desenvolvimento sustentável e para a qualidade de vida, o livreto "Access and opportunity for all: how libraries contribute to the United Nation 2030 Agenda" fornece uma coletânea de experiências advindas de diversas partes do mundo. Em suas páginas destacam-se projetos como o Employment Information Service (EIS), da Biblioteca da cidade de Ljubljana, na Eslovênia, que contribui para a erradicação da pobreza através da assistência fornecida a pessoas sem-teto em busca de emprego. Também ganha espaço na publicação o auxílio fornecido por bibliotecários da

Romênia a agricultores locais no uso de novas tecnologias, iniciativa que teria permitido que estes trabalhadores rurais obtivessem subsídios que contribuem para a meta de promoção da agricultura sustentável. Sobressaem-se, ainda, as bibliotecas rurais do Quirguistão, que levam a cabo uma intensa campanha em face de uma epidemia de tuberculose, promovendo a saúde e o bem estar da população. A Biblioteca Nacional de Singapura, por sua vez, distingue-se por seu engajamento em um projeto de mobilidade que busca garantir o acesso à informação por parte de pessoas desabilitadas, favorecendo, assim, a educação equitativa almejada pelo projeto de desenvolvimento sustentável da ONU.

Estes são apenas alguns dos exemplos de programas que contemplam os objetivos da ONU selecionados para compor o documento da IFLA. Ao final do livreto, um mapa é apresentado, no qual são indicados os países que deram origem a tais iniciativas. Infelizmente, nenhuma ação brasileira foi destacada na publicação; como representantes da América Latina figuram, solitários, Colômbia e Honduras. Se, por um lado, a ausência de relatos a respeito de contribuições brasileiras na publicação da IFLA não permite deduzir a inexistência de projetos e ações do gênero no país, por outro, ela torna razoável o seguinte questionamento: que papel tem sido desempenhado pela Biblioteconomia e pela Ciência da Informação do Brasil no contexto internacional? Neste sentido, o livreto “Access and opportunity for all” instiga reflexões sobre a relevância das bibliotecas para o desenvolvimento das nações e, ainda, sobre a necessidade de mobilização de bibliotecários e cientistas da informação brasileiros em prol do desenvolvimento global.

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