Um convite à socioepistemologia: desnaturalizando a Ciência da Informação
A obra crítico-epistêmica de Pierre Bourdieu é um convite à compreensão da elaboração social da “naturalização epistemológica” a partir da observação...
a) dos posicionamentos acadêmicos de corpos e edificações,
b) de suas rupturas sócio-epistemológicas e, por fim,
c) das legitimações das teorias e dos conceitos científicos dados na vivência dos corpos dentro de edificações a partir de forças simbólicas.
Trata-se de uma crítica aos mecanismos implícitos e explícitos de “purificação” da vida do cientista, suas instituições e seus construtos. A delimitação resulta na compreensão da invenção sócio-epistêmica de uma “ciência para a informação” em solo estadunidense a partir de “distinções naturalizadas”.
O conceito de “distinção” é apropriado para a compreensão da construção social das escolhas de objetos epistêmicos no campo universitário e seus julgamentos. Podemos observar (com um convite à sua intervenção sociocrítica), sob uma reflexão bibliográfica com foco conceitual, alguns desafios imediatos e debater os impactos hipotéticos desta sócio-epistemologia se aplicada ao campo informacional.
A tensão conceitual pode partir de várias trajetórias biobibibliográficas de sujeitos no campo informacional. Por exemplo, o pensamento de Frederick Wilfrid Lancaster, pesquisador renomado do campo, acumulador dos capitais científicos da categorização bourdieusiana.
É a partir das inquietações de um outro “indivíduo epistêmico” que abordamos o jogo de “distinções” no processo de constituição de discurso “informacional”, que tem como “trindade conceitual” de estabelecimento da “epistemologia casta” as noções de “interdisciplinaridade”, “pós-modernidade” e “tecnologia”, coroadas pela “catarse” promovida pela palavra “informação”.
Algumas fontes
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