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OFLClipping - Semanário Teleológico

Destaque da semana

Durante anos, Hamzeh AlMaaytah criou uma comunidade de amantes de livros na Jordânia, mantendo sua livraria no antigo centro de Amman aberta o tempo todo, incentivando os clientes a apreciarem os livros raros e muitas vezes permitindo que eles estabelecessem o preço de uma compra. Os usuários da livraria tiveram a chance de reembolsá-lo quando o espaço foi ameaçado de fechar, após uma doença repentina que afastou AlMaaytah por vários meses e as contas estavam empilhadas. Em abril, 330 pessoas de mais de 20 países contribuíram com US $ 18.000 em uma campanha de financiamento lançada por dois amigos. O dinheiro vai ajudar AlMaaytah a renovar o espaço pequeno e apertado e expandir-se para uma loja adjacente onde ele espera criar um salão literário, uma exibição de livros raros e um canto de leitura.

Hindustan Times – 27.06.2017

Ásia

A UNESCO coroou Sharjah, uma das cidades dos Emirados Árabes, com o prestigiado título "Capital Mundial do Livro" para o ano de 2019 pela qualidade de suas atividades literárias e culturais e pelos seus esforços para tornar os livros acessíveis a toda a população do país. A cidade foi selecionada também por causa de sua aplicação inovadora e inclusiva, com um programa de atividades focado na comunidade contendo propostas criativas para envolver a grande população migrante, segundo um comunicado da UNESCO. Sharjah conta com mais de 1.500 editores de todo o mundo no e eventos culturais, como o Sharjah Children's Reading Festival (SCRF).

Iran Daily – 28.06.2017

África

O pós-colonialismo ocupa lugar central no "Tram 83", do congolês Fiston Mwanza Mujila. O livro e sua tradução para o alemão conquistaram um prêmio de tradução alemã. O romance de Mujila, que ensina literatura africana na Áustria, " é "um relatório radical sobre a vida africana pós-colonial em uma cidade construída sobre uma imensa gama de recursos naturais muito valiosos ", afirmou o jurado do International Literature Award. Esta é a nona edição do Prêmio, concedido anualmente pela Haus der Kulturen der Welt de Berlim e pela Fundação Elementarteilchen, para prosa internacional traduzida para o alemão.

Daily News Egypt – 20.06.2017

América do Norte


A biblioteca pública de Vancouver, no Canadá, está se preparando para submeter seu pacote de medidas para certificar o ganho salarial de seus funcionários. Para isso, a biblioteca está em processo de reclassificação dos nomes das posições de trabalho, das responsabilidades e dos salários para grande parte de sua equipe. O conselho da Vancouver Public Library votou na implementação de uma política salarial no dia 24 de maio, após aumentar o salário dos funcionários em abril. Segundo Sandra Singh, bibliotecária chefe, “Nós não temos mais funcionários que estão sem receber seus salários”.

The Georgia Straight – 23.06.2017

América Central

“A Nicarágua vive um momento em que as mulheres seguem sendo maltratadas e assassinadas”, disse a poeta Daisy Zamora ao refletir sobre a realidade nicaraguense, razão pela qual segue lançando sua poesia como uma forma de manifestar sua insatisfação com a inequidade e injustiça. Recentemente, Zamora lançou seu livro “Cómo te ve tu hombre: diccionario de bolsillo para mujeres”, no qual questiona os padrões de machismo e a violência reinante, em suas mais diversas formas. “Meus poemas vão além do que se pode chamar de feminismo; refletem nossa condição humana, como nos tratamos, como são as relações familiares, como é a sociedade. É disso que se trata esta poesia.”, disse Zamora.

La Prensa – 30.06.2017

América do Sul

Júlia Lopes de Almeida publicou, entre 1909 e 1912, a coluna semanal “Dois dedos de prosa” no influente jornal carioca “O Paiz”. Na época, ela já tinha lançado os romances “Memórias de Martha”, de 1888, e sua obra mais importante, “A falência”, em 1901. No final do século XIX, fez parte do grupo de intelectuais que fundou a Academia Brasileira de Letras (ABL), em julho de 1897. Apesar de seu nome constar na lista publicada pelo futuro acadêmico Lúcio Mendonça em “O Estado de S. Paulo”, seis meses antes da fundação da casa, ela foi preterida por ser mulher, e sua vaga ficou com seu marido, o poeta Filinto de Almeida. Seu nome foi, assim, apagado da história da literatura brasileira, junto aos de outras importantes escritoras do final do século XIX e o início do XX. Aos poucos, mulheres como Júlia (1862-1934), Albertina Bertha (1880-1953) e Narcisa Amália (1852-1924) vão sendo resgatadas do esquecimento a que foram relegadas. Júlia será tema da conferência do escritor Luiz Ruffato, “Todos contra Júlia!” na ABL, na abertura do ciclo “Cadeira 41”, sobre grandes autores ausentes da Casa de Machado de Assis. No fim deste mês, a Fundação Biblioteca Nacional lança “Dois dedos de prosa: o cotidiano carioca por Júlia Lopes de Almeida”, na série Cadernos da Biblioteca Nacional, uma reunião de crônicas publicadas em “O Paiz” organizada por Angela di Stasio, Anna Faedrich e Marcus Venicio Ribeiro. Também neste mês será lançado “Nebulosas”, de Narcisa Amália, uma coedição da Editora Gradiva com a FBN. Os livros vêm se somar à reedição, em 2015, do romance “Exaltação” (Gradiva/FBN), de Albertina Bertha. Ruffato ressalta que não se trata de valorizar Júlia pelo fato de ela ser mulher, mas sim pela sua qualidade literária. O Globo – 01.07.2017

Europa

Com o intuito de confrontar grandes livrarias, como Amazon e Fnac.com, os livreiros independentes na França uniram forças para criar a plataforma online librairesindependantes.com, que reúne cerca de 700 livrarias parceiras e permite que o usuário pesquise e compre um livro sem sair de casa. O cliente pode retirar seu livro na loja parceira mais próxima ou encomendá-lo, caso não esteja disponível. Os prazos para entrega são equivalentes aos das livrarias como a Amazon, por exemplo.

Le Figaro.fr – 26.06.2017

Jane Austen é considerada uma autora que antecipou questões feministas e denunciou problemas sociais e políticos. Há muitas “Janes Austen”, e há muitas formas de ler seus livros. No bicentenário de sua morte, Ivo Barroso, um dos maiores tradutores da autora no Brasil, discorre sobre muitas das particularidades da escrita de Austen, descrevendo-a como uma das maiores autoras de todos os tempos.

Estadão – 01.07.2017

Embora consideravelmente menos conhecido do que suas célebres irmãs Charlotte, Emily e Anne Brontë, Branwell Brontë teve uma vida marcada pelo vício em álcool e drogas, o que acabou por causar sua morte prematura. No entanto, ainda que tenha sido sempre apagado pelo sucesso das irmãs, a instituição Brontë Parsonage, no bicentenário da morte de Branwell, busca celebrar os méritos do irmão esquecido, que exerceu grande influência na escrita das irmãs Brontë, mostrando seus poemas e contando sua história.

The Guardian – 26.07.2017

Oceania

Quando o escritor australiano Dennis Glover comprou uma cópia de segunda mão de “1984”, ele não esperava encontrar uma nova teoria sobre o porquê de um pequeno, mas significativo elemento do romance distópico de George Orwell ter mudado entre a primeira edição e a segunda impressão do livro. No final do livro, o herói, Winston Smith, foi derrotado pelo “Grande Irmão” e escreve no pó em uma mesa que 2 + 2 = 5, o que reflete as mudanças que ele sofreu em suas experiências tortuosas na Sala 101. Na segunda impressão, o resultado 5 não mais existe. Historicamente, considerou-se isso como um erro tipográfico ou de impressão, mas foi assim que o livro apareceu - exceto nos EUA - até o final da década de 1980, quando Peter Davison, o editor de “The Complete Works de George Orwell”, reintegrou o resultado 5. De acordo com Glover, o número faltante muda o significado do livro de uma forma sutil, porém importante, trazendo um raio de esperança que é consistente com a crença de Orwell de que o regime soviético acabaria por entrar em colapso. E, crucialmente, a não existência do cinco na segunda impressão significava que a mudança fora feita quando Orwell ainda estava vivo. Isto é, “1984” foi publicado em junho de 1949 e Orwell morreu em janeiro de 1950. "Então, existe a possibilidade de que Orwell, que declarou várias vezes sua infelicidade sobre o fim do livro, possa tê-lo mudado", afirma Glover.

The Canberra Times – 30.06.2017

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