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Bibliografia, uma ordem do discurso no Século XXI?... por Attilio Caproni

RESUMO DAS PALESTRAS

"Sapere aude" (dizia Kant): a Bibliografia, uma ordem do discurso no Século XXI?

Attilio Mauro Caproni (Prof. Titular de Bibliografia / Universidade de Udine e Florença)

A ciência bibliográfica ainda tem um papel no século XXI? A transformação do livro, de objeto tipográfico para documento digital (elétrico), propõe (e não somente na aparência) um entrelaçamento inusitado entre o texto, a leitura, os leitores na medida em que, uma relação dessa natureza, deve considerar bastante a expansão das redes informáticas (internet e mídia social, em particular) nos processos de disseminação do conhecimento. É este, sintética e simplesmente, o teorema que esse pequeno ensaio propõe, sem esquecer que se questionar sobre o tema do conhecimento ecoa aquele apelo categórico através do qual, para citar Kant, é necessário ter claro aquele sapere aude: isto é, é necessário ter a coragem de saber, de conhecer, de usar a inteligência (e não se submeter ao conformismo que decorre de um uso impróprio das mídias sociais). A última parte do século XX, e os quinquênios atuais, viram surgir e progredir as redes lembradas, as quais aparentam privilegiar, de fato, para repetir, uma sociedade imersa nas mídias sociais para os quais a comunicação (em medida muito menor a informação) quer aparecer como valor que prevalece. Apesar disso, mesmo com a IV revolução da sociedade (isto é, com a chegada e disseminação do digital) estes pontos sintéticos devem ser considerados:

1. A cultura oferecida pelos textos não teria sido (frequentemente) colocada em risco se não houvesse a tradição da primeira disciplina do livro, que é responsável por preservar e promover o conhecimento do conhecimento (apesar da superficialidade de quem, hoje, acredita que nas redes se encontra tudo e de imediato)?

2. O que é o saber dos livros (aqueles… que permanecem)?

3. Hoje a chamada mídia social, que alcança a massa das pessoas (exaltando, frequentemente, sua bêtise), tem como reserva o querer dizer que há também um saber do não saber?

4. No tripúdio e no ruído da informática e da internet, os indivíduos estariam, talvez, perdendo sua vocação de homens de ciência, para se tornar (ai de mim) homens máquinas?

5. Acredito que também no terceiro milênio vale o princípio do eu penso, ainda para citar o velho Kant.

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