Outros Códices desvelados: retrospectiva 2017 dos múltiplos olhares em Biblioteconomia & Ciência
Neste final de 2017, o Projeto Outro Códice, que resulta na editoria de mesmo nome do blog do portal do Grupo de Pesquisa Ecce Liber, completa 35 publicações e um ano de divulgação científica e visibilidade de objetos de estudo em Biblioteconomia Internacional e Comparada. Contando com a colaboração de seis autores, que garimparam e desvelaram relatos de experiências em todos os continentes, da China ao Canadá, da Finlândia à África do Sul, passando pela Austrália, Egito, Lesoto e Colômbia, o Outro Códice buscou em 2017 apresentar um amplo espectro de possibilidades de estudos transnacionais, transculturais, capazes de dar espaço a experiências do Outro, tão distantes e ao mesmo tempo tão próximas das vivências e dos desafios brasileiros.
Partindo de leituras e releituras dos trabalhos advindos dos recantos plurais, o Outro Códice divulgou pesquisas e olhares estrangeiros sobre os mais diversos temas, iniciando seu percurso por centros culturais estrangeiros e a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável; passou pela construção do pensamento em Biblioteconomia e Ciência da Informação na Grécia, apresentando também a perspectiva dos gregos para a troca de livros; apresentou desafios do acesso à informação e de desenvolvimento de bibliotecas, os debates sobre ética da informação e a guerra discursiva pela via da diplomacia cultural na África; abordou a profissão do bibliotecário e as encadernações de livros antigos no México, a promoção das bibliotecas públicas na Colômbia, as memórias da ditadura na Argentina e os direitos humanos; revelou as bibliotecas públicas da Noruega como um refúgio para mulheres imigrantes e a Biblioteca de Helsinki como um modelo Finlandês de biblioteca verde; apresentou a conjuntura informacional da unificação Alemã na segunda metade do século XX; desvelou a publicação de livros no Egito; abordou a formação do currículo de Library and Information Science estadunidense; apresentou diversas iniciativas de cooperação internacional da IFLA e da UNESCO; apresentou perspectivas australianas para a informação em saúde e a globalização da Biblioteconomia em saúde; discorreu sobre os catálogos de manuscritos hebraicos do Vaticano e de Parma; apresentou questões relativas à informação científica na China e no Chile; discutiu sobre os clubes de leitura da Espanha e apontou perspectivas de estudos comparados entre Espanha e Brasil; versou sobre a ficção na antiga Tchecoslováquia, bem como sobre a linguagem, a organização do conhecimento e luta social na antiga Iugoslávia; apresentou as experiências de leitura de russos em uma comunidade multicultural no Canadá; discorreu sobre a história comparada e filosofia da informação e a teorização de uma bibliografia feminista.
Ao longo de 2017, o Outro Códice procurou expandir o universo de perspectivas da alteridade conhecidas pelos brasileiros e esperou contribuir para a riqueza da Biblioteconomia e Ciência da Informação brasileira. Os horizontes internacional e comparado seguem movendo a curiosidade de estudantes, bibliotecários e pesquisadores que acreditam na importância dos múltiplos olhares para a observação, contemplação e compreensão do global e do local.
Por Ana Claudia Vidal
Editora-chefe
Outro Códice