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OFLClipping - Semanário Teleológico

Destaque da semana

Desenvolvida nos anos 1930, a “Teoria do romance” de Bakhtin só foi publicada, e de forma parcial, no ano de sua morte, em 1975, no volume “Questões de literatura e de estética”. Foi só em 2012, porém, que o texto integral veio à luz, na Rússia, no conjunto de suas “Obras reunidas”. A partir desta nova edição crítica, com organização de Serguêi Botcharov e Vadím Kójinov, a editora publica agora no Brasil o segundo tomo da “Teoria do romance”, com tradução de Paulo Bezerra, ex-professor de teoria da literatura na UERJ e de língua e literatura russa na USP e um dos maiores tradutores de Dostoiévski. O volume introduz um dos conceitos-chave do pensamento de Bakhtin, o “cronotopo”, ou seja, a configuração do tempo e do espaço na prosa literária. Neste “ensaio de poética histórica”, o autor parte do romance grego, passa pelas obras de Apuleio e Petrônio, pelo gênero biográfico e autobiográfico (Platão, Plutarco, Santo Agostinho), pelo folclore, pelos romances de cavalaria (incluindo uma original análise da “Comédia” de Dante) e pelos personagens picarescos, para chegar à extraordinária obra de François Rabelais.

Russia Beyond - 09.10.2018

Ásia

Um livro de contos escrito por autoras mulheres, com o intuito de inspirar garotas, foi publicado em outubro na Turquia, no International Day of the Girl Child. As entidades UNICEF, UNFPA, UN Women and the Aydın Doğan Foundation estão colaborando novamente este ano para marcar o dia com uma conferência cujo tema é o empoderamento da menina através de esportes, ciências e artes. Para tanto, a editora Doğan Egmont Publishing pediu a algumas das mais proeminentes escritoras de literatura infantil da Turquia que contribuam para o livro com histórias para encorajar jovens a irem atrás dos seus sonhos. O livro se chama “If I Want”, com vistas a ressaltar a mensagem de que a primeira coisa a se realizar deve ser seus sonhos.

Hürriyet Daily News - 08.10.2018

América do Norte

Uma onda crescente de ficção distópica centralizada na figura da mulher têm tomado conta dos Estados Unidos. São trabalhos futuristas que levantam questões incômodas sobre a desigualdade de gênero, misoginia, violência contra a mulher, direitos reprodutivos e as consequências extremas do sexismo. Este novo cânone da literatura distópica feminista reflete uma crescente preocupação, por entre as escritoras, sobre os direitos das mulheres e o medo de que o progresso em direção à igualdade entre os sexos tenha encerrado ou possa ser revertido. A maioria dessas narrativas distópicas ocorrem no futuro, mas canalizam a raiva e as ansiedades do presente, quando mulheres e homens estão lutando com a mudança dos papéis de gênero e suas conseqüências.

New York Times - 08.10.2018

América Central

Explorar os contextos de elaboração dos documentos, a produção editorial da época e uma abordagem de possíveis influências que intervieram nos processos criativos de alguns escritores, é o objetivo da Oficina "Ler para Escrever: Navegando através de documentos históricos", curso que será ministrado na Biblioteca Nacional da Costa Rica (BNCR). "Para a Biblioteca Nacional, este curso é de extrema importância, pois permite divulgar o patrimônio documental que esta instituição conserva e que constitui uma parte significativa da memória costa-riquenha. Assim, pessoas interessadas em escrever, têm a possibilidade de conhecer melhor o patrimônio que é uma importante fonte de pesquisa ", afirmou a diretora da Biblioteca Nacional, Laura Rodríguez.

ElPaís.cr - 08.10.2018

América do Sul

Estudantes da Universidade da Brasília (UnB) organizaram um ato para protestar contra a destruição de livros da Biblioteca Central da instituição (BCE). Na semana passada, publicações que contam a história da luta por direitos humanos no Brasil foram encontradas rasgadas. Alunos do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos doaram obras sobre democracia e direitos humanos para repor parte dos exemplares destruídos. Algumas das páginas rasgadas narram o fim do período da ditadura. Mostram, por exemplo, fotos da trajetória de luta social por mais direitos no país.

G1 - 10.10.2018

Europa

Os gastos estão em queda e as visitas estão em declínio, mas a solução dada pelo autor James Patterson para incentivar o uso das bibliotecas está nas campanhas de marketing. De acordo com o autor e ex-publicitário, o marketing contribui para levar as pessoas a olhar para algo de forma diferente. Atualmente, aponta que as pessoas não estão olhando para as bibliotecas corretamente, pensando nas mesmas apenas como espaços que armazenam livros antigos, ambientes quietos. Patterson não nega a importância do financiamento para as bibliotecas e doou £ 50.000 do seu próprio dinheiro para financiar livros para bibliotecas escolares no Reino Unido, mas argumenta que se as pessoas quiserem que esses espaços permaneçam abertos, elas precisam usá-las. Dados oficiais do Reino Unido mostram que o número de visitas em bibliotecas na Inglaterra, Escócia e País de Gales diminuiu no ano passado. Segundo o autor, esse movimento começa com as pessoas, a partir da demonstração de importância com as bibliotecas.

The Guardian - 11.10.2018

Oceania

Crescer em uma casa cheia de livros tem um grande efeito sobre a alfabetização na vida dos sujeitos - mas uma biblioteca particular precisa conter pelo menos 80 livros para ser eficaz, de acordo com a pesquisa da Doutora Joanna Sikora, da Australian National University. Os dados da pesquisa, realizados com mais de 160.000 adultos de 31 países diferentes, apontam que uma quantidade considerável de livros em uma biblioteca particular pode contribuir para a alfabetização de crianças e jovens, principalmente para aqueles que abandonam as escolas - quando comparado com estudantes universitários que não possuem o hábito de leitura.

The Guardian - 10.10.2018

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