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A GRÉCIA INFORMACIONAL: vivliothikarios e a Library and Information Science na Hélade

Jovem, a construção do pensamento em Biblioteconomia e Ciência da Informação na Grécia distancia-se milênios do mito da biblioteca particular de Aristóteles, co-fundadora da Biblioteca de Alexandria. Até o início do século, três cursos constituíam a formação em todo o país no campo informacional. Nas visões de Gerolimos (2011), a principal responsável pelo desenvolvimento lento do campo na Grécia é a ausência de políticas orientadas para o uso social das bibliotecas. Reconhecidos como “elitistas” na era pré-Internet ao longo do século XX, os serviços bibliotecários não atingiam a maior parte da população. Isto resultou também no atraso do debate e da concretização da formação do bibliotecário – em grego, vivliothikarios.

Apesar das práticas pedagógicas surgirem a partir dos anos 1930, o sistema de educação em Library and Information Science na Grécia se desenvolveu pontualmente na segunda metade do século, sendo a Young Women’s Christian Association (YWCA) de Atenas a primeira institucionalização formal de educação bibliotecária no país. O espelho de uma historiografia do campo, comum nos discursos comparados e internacionais, se repete: o papel feminino se apresenta como central para a constituição do campo, bem como a influência da ONU (semelhante ao Brasil) permitirá uma transformação na formação: a partir de 1960 especialistas em documentação da Organização das Nações Unidas vão à Grécia e propõem inicialmente a construção de um novo programa de formação, orientado para organização de coleções, uso de acervos e história do livro e das bibliotecas.

A pós-graduação no campo aguardaria algumas décadas: apenas em 2003 o primeiro curso de mestrado é formalizado, sob o nome de Information Science. Duas linhas de pesquisa sustentaram a primeira iniciativa: a) serviços informacionais em ambientes digitais e b) organização e administração de bibliotecas com ênfase em novas tecnologias da informação. A pesquisa grega em Biblioteconomia e Ciência da Informação inaugura-se, pois, no contexto web, mas, nas visões de Gerolimos (2011), sem deixar de enfrentar o dilema dos recursos pré-mundo digital. A característica central, pois, da educação informacional na Grécia é a hibridação constante entre antigos e atuais dispositivos informacionais.

GEROLIMOS, Michalis. Library education in Greece: history, current status and future prospects. Library Review, v. 60, n. 2, p. 108-124, 2011.

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