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ÓrbitaLIS n.25: Letramento Global

A princípio, nada foi planejado. Cada homem tinha um livro de que desejava se lembrar e se lembrou. Depois, durante um período de cerca de vinte anos, fomos nos encontrando, em viagens, e passamos a estreitar a rede frouxa e a definir um plano. A coisa mais importante que tínhamos de incutir em nós mesmos foi que não éramos importantes, não devíamos ser pedantes; não devíamos nos sentir superiores a ninguém mais no mundo. Não somos nada além de capas empoeiradas de livros, sem nenhuma outra importância. — Ray Bradbury ([1953]* 2003, p.188)

"Uma proposição que emana de mim — tão, diversamente, citada em meu elogio ou por censura — reivindico-a com aquelas que se comprimirão aqui — sumária quer, que tudo, no mundo, existe para culminar num livro." — Stéphane Mallarmé ([c.1890]* 2010, p.180)

Recomendações de um relatório entitulado "Digital skills for life and work", de setembro de 2017, são destacadas por Irina Bokova, diretora geral da UNESCO, como de suma importância para o desenvolvimento de uma nova geração de "cidadãos digitais" preparados para se engajar nas comunidades digitais de hoje e de amanhã. Benefícios para a saúde das economias locais pelo acesso e — igualmente importante, segundo John Galvin conhecimento sobre como utilizar as tecnologias para o bem da sociedade também são citados. Tudo isso sobre a afirmação de um gap formado sobre o impacto que gênero, classe, geografia e idade das pessoas ainda proporcionam na apropriação da tecnologia por essas populações.

Fonte: UNESCO (17.09.17)

Notas sobre a Conferência Internacional proferida no International Literacy Day, em Paris, em 2017. Dois pilares em que a tecnologia deve se sustentar: inclusão e respeito pelos direitos e dignidade humanos. Segundo a diretora geral da UNESCO, esses pilares ajudam a redefinir o conceito tradicional de "literacy", bem como sua atuação no contexto digital pelo mundo.

Fonte: UNESCO (08.09.17)

*A data entre colchetes refere-se à data da primeira publicação do texto.

 

REFERÊNCIAS

BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. Tradução de Cid Knipel. São Paulo: Globo, 2003. 215 p.

MALLARMÉ, Stéphane. Quanto ao livro. In: ______. Divagações. Tradução e apresentação Fernando Scheibe. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2010. p. 169-184.

IMAGEM

ECCE LIBER. 2017. Rio de Janeiro, 2017. 1 fotografia, p&b. Coleção "Livro".

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