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Neg-entropia e a falha digital: a Bibliografia e a grande fenda por Alberto Salarelli

Uma epistemologia da Bibliografia vigente se pergunta pela falha digital: estamos diante da matriz das ciências neguentrópicas? Qual o papel da Bibliografia na era digital? Morte ou vivacidade extrema? Da revisão epistemológica ao papel do conceito de documento, Salarelli mergulha na grande fenda do universo digital através da historicidade do pensamento bibliográfico...

"Como todas as disciplinas que, historicamente, individualizaram como finalidade de sua existência a função de preservação da memória coletiva e a preparação de instrumentos aptos ao seu uso com a maior eficiência possível, a bibliografia vive, hoje, uma fase de crise profunda. Essa crise se determina por dois fatores: enquanto o primeiro é contingente, o segundo revela-se arraigado à sua própria existência. O fator contingente consiste – é visível a todos – no porte da revolução digital no plano das atividades de tratamento da informação e naquele estritamente relacionado da conceituação dessas práticas de tratamento: da técnica para a teoria, em suma. É uma trajetória evidente, por exemplo, no desenvolvimento das ciências da informação que, nascidas com bases eminentemente quantitativas (a teoria clássica da informação de Shannon, como se sabe, não se ocupa dos aspectos semânticos da informação) encontram-se ladeadas por reflexões de matriz sociocultural nas quais os aspectos de interpretação e recepção do significado informacional resultam essenciais à compreensão do ato comunicativo .

Em outras palavras, o aparecimento de novos documentos levou ao aparecimento de novas disciplinas para o seu tratamento que, pelo menos para uma parte de seus objetivos, se colocam em alternativa à abordagem bibliográfica tradicional.O fator consubstancial, por outro lado, se obtém na vicissitude diacrônica da bibliografia, marcada por uma recorrente ansiedade de desempenho perante a tarefa que ela mesma se atribuiu e de uma relativa e subsequente instabilidade epistemológica face seus próprios métodos, suas aquisições e na relação com as disciplinas contiguas.

Portanto, depois da falha digital, quais são as perspectivas que se abrem para a indagação bibliográfica?" (SALARELLI, 2017).

Leia o artigo completo AQUI.

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